Casal brasileiro enfrenta dificuldades para deixar a Jamaica após furacão Melissa
     Casal brasileiro enfrenta dificuldades para deixar a Jamaica após furacão Melissa
O que era para ser uma viagem de lazer e descanso para a Jamaica se transformou em momentos de angústia e tensão para um casal de Praia Grande, no litoral de São Paulo, que vivenciou a passagem do furacão Melissa pelo país. Devido ao fenômeno, a servidora pública Juliana Modesto e o marido tiveram voos cancelados e seguem na ilha do Caribe.
O furacão Melissa tocou o solo da Jamaica na terça-feira (28), provocou destruição em várias cidades, com ventos que ultrapassaram os 300 km/h e causou 19 mortes.
“Graças a Deus, a gente está num hotel bom. O máximo que aconteceu foi as vidraças chacoalharem bastante. A gente manteve tudo fechado, caso algum objeto quebrasse a vidraça, e mantivemos a calma”, afirmou a servidora pública.
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No entanto, nem sempre a calma esteve com o casal. Segundo Juliana, eles ficaram assustados com o alerta de aproximação do furacão Melissa. “Antes era o furacão nível 4, depois virou o furacão nível 5, e aí começou o nervoso”, relembrou.
Juliana Modesto segue na Jamaica com o marido. À esquerda uma imagem de satélite do furacão Melissa sobre o mar do Caribe em 26 de outubro de 2025
RAMMB/CIRA handout via AFP e reprodução
A meteorologista Heloísa Nóbrega explicou que a formação de furacões é comum no Caribe nesta época do ano. “A temporada de furacões do atlântico norte se estende desde o mês de junho até o final do mês de novembro”, disse.
De acordo com ela, praticamente nenhum sistema havia evoluído na região do mar do Caribe até o momento — até o Melissa.
Consequências do furacão
Imagens de satélite mostram o antes e depois da passagem do furacão Melissa pela Jamaica
Vantor/Handout via REUTERS
Após a passagem do furacão, turistas e moradores ajudaram a limpar o que foi levado pelo vento. No entanto, a internet foi parcialmente cortada no país no dia seguinte ao fenômeno.
“A gente viu estrago, ficamos sem internet”, relembrou Juliana, dizendo que só tem acesso por meio de um sinal restrito.
Ela e o marido só querem retornar para casa. De acordo com Juliana, a previsão era de que o aeroporto fosse reaberto no domingo (2), mas o casal teve o voo adiado para quarta-feira (5).
“Nossa família está em contato com o embaixador do Brasil na Jamaica, que está mantendo todo mundo informado, e eles acabam me passando a informação, já que eu tenho pouco tempo de internet, é o tempo que eu consigo”, afirmou.
Itamaraty
Em nota, Ministério das Relações Exteriores informou que acompanha os reflexos causados pelo furacão Melissa. Confira a nota na íntegra:
“O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Kingston, acompanha com atenção os desdobramentos da passagem do Furacão Melissa e presta auxílio a todos os brasileiros que acionaram o serviço de assistência consular naquela jurisdição.
O setor consular da Embaixada tem divulgado informações para os brasileiros que se encontram na Jamaica por meio de correio eletrônico e de suas redes sociais. Brasileiros que tiverem necessidade de apoio consular podem entrar em contato pelo seguinte número de telefone: +1 (876) 579-5347.
Imóveis destruídos e danificados na região de Santa Elizabeth, no sudoeste da Jamaica, após a passagem do furacão Melissa em 28 de outubro de 2025.
AFP
O atendimento consular prestado pelo estado brasileiro é feito a partir de contato do cidadão interessado ou, a depender do caso, de sua família. A atuação consular do Brasil pauta-se pela legislação internacional e nacional. Para conhecer as atribuições das repartições consulares do Brasil, recomenda-se consulta à seguinte seção do Portal Consular do Itamaraty.”
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