Caso Igor Peretto: cunhado que vai a júri popular pela morte de comerciante é transferido de presídio em SP
Caso Igor Peretto: entenda o assassinato do comerciante que descobriu traição
Mario Vitorino, acusado de participar do assassinato do cunhado Igor Peretto em Praia Grande, no litoral de São Paulo, foi transferido de unidade prisional. A informação foi confirmada ao g1 pelo advogado Mario Badures, responsável pela defesa dele.
Igor foi morto a facadas em 31 de agosto de 2024, no apartamento da irmã Marcelly. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou Rafaela Costa (viúva), Marcelly Peretto (irmã por parte de pai) e Mário Vitorino (cunhado) por premeditar o crime, alegando que a vítima era vista como um “empecilho no triângulo amoroso” formado entre os três.
No entanto, em decisão publicada no último dia 16, o juiz Felipe Esmanhoto Mateo desclassificou a viúva da denúncia, justificando que a acusada não estava no imóvel no momento do homicídio e as provas colhidas durante o processo não foram suficientes para constatar a participação dela no crime.
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Em contrapartida, o magistrado determinou que Marcelly Peretto e Mario Vitorino fossem submetidos a júri popular pelo crime.
Mario Vitorino, suspeito no assassinato de Igor Peretto, chegando em Praia Grande (SP), após ser preso no interior do estado
Fábio Pires/TV Tribuna
Mudança de prisão
Mario foi detido após ser encontrado escondido na casa de um tio de Rafaela, em Torrinha (SP), no dia 15 de setembro de 2024. Ele deu entrada na Penitenciária 1 de São Vicente (SP), mas acabou sendo transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Praia Grande na última quinta-feira (23).
O advogado afirmou que a mudança não foi explicada pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). O g1 também entrou em contato com o órgão estadual, que informou estar apurando o caso até a última atualização desta reportagem.
Badures destacou que há uma disseminação de notícias falsas sobre supostos privilégios que Mário, Marcelly e Rafaela nunca tiveram no sistema prisional. De acordo com o advogado, esse tipo de acusação atenta contra a Polícia Penal e atende aos interesses de quem se promove com o caso.
“A defesa irá adotar todas as medidas cabíveis para preservação de todos os direitos daquele que sequer deveria estar custodiado, mesmo porque a prova dos autos diverge totalmente do cometimento do homicídio triplamente qualificado”, finalizou Badures.
Mario Vitorino, Marcelly Peretto e Rafaela Costa foram presos por envolvimento na morte de Igor Peretto
Polícia Civil
Drogas
Na sentença, obtida pelo g1, consta o depoimento dos três réus e das testemunhas do crime. Mário, Rafaela e Marcelly negaram que tenham planejado o crime e a viúva, inclusive, ressaltou que não estava no imóvel quando o marido foi morto.
Apesar disso, todos confessaram que usaram drogas em uma festa antes do assassinato. Rafaela e Marcelly afirmaram que usaram lança-perfume e ecstasy no local, enquanto Mário não especificou que tipo de entorpecente fez uso.
O crime
O crime aconteceu em 31 de agosto, no apartamento de Marcelly Peretto. Dentro do imóvel estavam a vítima, Marcelly e Mário Vitorino. Rafaela chegou com Marcelly ao apartamento, mas o deixou 13 segundos antes do marido chegar com o suspeito pelo assassinato.
Segundo os depoimentos do trio e dos advogados, a viúva Rafaela tinha um caso com Mário. O advogado de Marcelly ainda disse que a cliente e Rafaela tiveram um envolvimento amoroso no local antes da chegada de Igor e Mario no apartamento.
Igor Peretto foi morto a facadas e teria ficado tetraplégico [sem movimento do pescoço para baixo] se tivesse sobrevivido. A informação consta em laudo necroscópico obtido pelo g1.
Cronologia da morte do comerciante Igor Peretto: tudo que se sabe da descoberta da traição à morte
Reprodução
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