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Caso Igor Peretto: termina o prazo para manifestação das defesas de viúva, irmã e cunhado acusados de matar comerciante

Caso Igor Peretto: termina o prazo para manifestação das defesas de viúva, irmã e cunhado acusados de matar comerciante


Igor Peretto, de 27 anos, foi encontrado morto no apartamento da irmã, Marcelly Peretto, em 2024. Além dela, Rafaela Costa (viúva) e Mario Vitorino (cunhado) foram presos acusados de envolvimento no homicídio. Trio acusado de envolvimento na morte de Igor Peretto chega a fórum para audiência
O prazo estipulado pela Justiça para as defesas de Rafaela Costa, Marcelly Peretto e Mario Vitorino, acusados de envolvimento na morte do comerciante Igor Peretto, se manifestarem sobre o caso se encerrou. Ao g1, os advogados contaram as estratégias usadas para impedir que os réus fossem a júri popular.
Igor Peretto, de 27 anos, foi assassinado a facadas no dia 31 de agosto de 2024, no apartamento da irmã. O Ministério Público (MP-SP) apontou que Rafaela (viúva), Marcelly (irmã) e Mario (cunhado) premeditaram a morte de Igor por ser considerado um “empecilho no triângulo amoroso”.
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Para determinar a sentença de pronúncia ou impronúncia, dizendo se os réus vão a júri ou não, aconteceram três audiências de instrução.
A primeira ocorreu em 20 de março, quando as partes começaram a apresentar as provas e argumentos para o andamento do processo. A sessão no fórum precisou ser retomada em 7 de maio e, pela quantidade de testemunhas, foi marcado um novo encontro para segunda-feira (16), quando os réus foram interrogados.
Casais estavam dentro do apartamento onde Igor Peretto foi encontrado morto em Praia Grande (SP)
Yasmin Braga/g1 e Reprodução/Redes Sociais
Na última audiência de instrução sobre o caso, o juiz deu o prazo de até quarta-feira (18) para as defesas realizarem eventuais requerimentos de diligências [ações adicionais]. Conforme apurado pelo g1, as solicitações serão apreciadas pela Justiça. Depois, o MP-SP e a assistência da acusação serão intimados a apresentar as alegações finais. Somente depois disso, o juiz intimará as defesas para alegações finais.
Defesas
Mario Vitorino foi encontrado por irmão da vítima, o vereador Tiago Peretto, no interior de SP
Arquivo pessoal, redes sociais e reprodução
O advogado Yuri Cruz, que representa Rafaela, afirmou ao g1 que se manifestou no prazo estipulado, solicitando a restituição do aparelho celular da ré. “Para que a defesa técnica possa apurar a existência de novos elementos probatórios que possam robustecer [fortalecer], ainda mais, a categórica ausência de responsabilidade penal de Rafaela”, disse.
A defesa aguarda a soltura da Rafaela, que não deve ir a júri popular. De acordo com ele, as acusações da denúncia foram afastadas pelas provas produzidas na audiência.
O advogado Mário Badures, que defende Mario Vitorino, disse que a defesa confia na imparcialidade do Judiciário para a aplicação da lei no caso considerado “tragédia para a vítima e todos os envolvidos”.
Segundo Badures, a defesa se manifestou na Justiça sobre “algumas diligências pendentes”. “Entre elas, o acesso aos autos sobre o ‘vazamento de dados’ ocorrido no inquérito, a restituição dos telefones apreendidos, algumas questões técnicas acerca das provas digitais e, por fim, a revogação da prisão preventiva, que nesta altura do processo não encontra mais qualquer necessidade”, afirmou.
Já o advogado Leandro Weissman, que representa Marcelly Peretto, informou que solicitou informações sobre o inquérito feito pela Polícia Civil.
“Muito embora o delegado de polícia, que conduziu toda a investigação bem como o chefe dos investigadores de polícia terem dito que não há qualquer prova de que Marcelly tenha entrado em luta corporal, mas outra testemunha informou que coletou unha postiça de Marcelly, requeremos a diligência do processo retornar à delegacia para que seja informado se houve perícia e qual o resultado, bem como na roupa que ela usava e foi apreendida, avisando saber de quem era o sangue existente”, disse.
Mario Vitorino, Marcelly Peretto e Rafaela Costa foram presos por envolvimento na morte de Igor Peretto
Polícia Civil
Primeira audiência
Rafaela, Marcelly e Mario participaram da primeira audiência de instrução do caso no Fórum de Praia Grande, em 20 de março. De acordo com o vereador Tiago Peretto, que é irmão da vítima, Mario fez um gesto relacionado a uma facção criminosa antes da sessão.
Segundo o político, os vídeos mostram “eles [os três acusados] debochando da população” enquanto eram escoltados até o Fórum. Apesar disso, o vídeo só mostra o gesto de Mario.
“Esse símbolo que ele faz é de uma facção criminosa”, acrescentou Tiago Peretto, sobre o gesto de Mario.
O advogado Mario Badures, que representa Mario Vitorino no caso, disse na época não ter nada a declarar sobre o comentário do vereador.
Mesmo algemado, Mario fez gesto que irmão da vítima associou a facção criminosa
Reprodução
Triângulo amoroso
Casais (Mário e Marcelly, à esq. e Igor e Rafaela, à dir.) moravam próximos em Praia Grande (SP) e se encontravam com frequência
Redes Sociais
O MP-SP concluiu que o trio premeditou o crime porque Igor era um “empecilho no triângulo amoroso” entre Rafaela, Marcelly e Mario Vitorino. Ao g1, a promotora Roberta afirmou ter considerado o caso como “chocante e violento”.
A promotora disse que em nenhum momento os envolvidos tentaram salvar Igor ou minimizar o sofrimento dele. “Fizeram buscas de rota de fuga ou de quanto tempo demoraria para [o corpo] cheirar e chamar a atenção de alguém e eles terem tempo de fugir”, complementou.
Vantagem financeira
Igor Peretto, irmão do vereador de São Vicente (SP), Tiago Peretto (União Brasil), foi morto a facadas em Praia Grande
Reprodução/Redes Sociais e Thais Rozo/g1
De acordo com a denúncia recebida pela Justiça, a morte de Igor traria “vantagem financeira” aos acusados. Os advogados dos presos negaram a versão apresentada pelo MP-SP.
De acordo com o MP, Mário poderia assumir a liderança da loja de motos que tinha em sociedade com o cunhado, enquanto a viúva receberia herança. “Marcelly, que se relacionava com os dois beneficiários diretos, igualmente teria os benefícios financeiros”, destaca o MP.
O MP considerou a ação do trio contra Igor um “plano mortal”. O documento diz que eles planejaram o crime, sendo que Mário desferiu as facadas, a viúva atraiu o comerciante e, junto com Marcelly, incentivou Mário a matá-lo.
O órgão levou em conta essas informações para elaborar a denúncia por homicídio qualificado. “O crime foi cometido por motivo torpe, pois Mário, Rafaela e Marcelly consideraram Igor um empecilho para os relacionamentos íntimos e sexuais que os três denunciados mantinham entre eles.
Ainda segundo a denúncia, o assassinato também foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, pois Igor estava desarmado e foi atacado por uma pessoa com quem tinha relacionamento próximo e de quem não esperava mal.
O crime
Cronologia da morte do comerciante Igor Peretto: tudo que se sabe da descoberta da traição à morte
Reprodução
O crime aconteceu em 31 de agosto no apartamento da irmã de Igor, em Praia Grande. Dentro do imóvel estavam a vítima, Marcelly e Mário Vitorino. Rafaela chegou com Marcelly ao apartamento, mas o deixou 13 segundos antes do marido chegar com o suspeito pelo assassinato.
De acordo com os depoimentos do trio e dos advogados, a viúva Rafaela tinha um caso com Mário. Além disso, o advogado de Marcelly chegou a dizer que a cliente e Rafaela tiveram um envolvimento amoroso no local antes da chegada de Igor e Mario no apartamento.
Igor Peretto foi morto a facadas e teria ficado tetraplégico [sem movimento do pescoço para baixo] se tivesse sobrevivido. A informação consta em laudo necroscópico obtido pelo g1. Três pessoas próximas à vítima foram presas: a viúva, a irmã e o cunhado.
Prisões
Mario, Marcelly e Rafaela, investigados pelo homicídio contra o comerciante Igor Peretto
Reprodução e Redes sociais
As mulheres se entregaram e foram presas em 6 de setembro, enquanto Mário foi detido após ser encontrado escondido na casa de um tio de Rafaela, em Torrinha (SP), no dia 15 do mesmo mês.
O trio havia sido preso temporariamente em setembro e, no início de outubro, a prisão temporária foi prorrogada. Na ocasião, a defesa de Rafaela chegou a entrar com pedido de habeas corpus, que foi negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A Justiça de Praia Grande (SP) converteu as prisões do trio, de temporárias para preventivas, após a denúncia feita pelas promotoras Ana Maria Frigerio Molinari e Roberta Bená Perez Fernandez, do MP-SP.
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