Espetos de ferro cravados na areia de praia no litoral de SP viram alerta de risco à saúde; VÍDEO
Casal encontra pedaços de ferro fincados em areia de praia em Mongaguá
Um casal de comerciantes levou um susto ao encontrar espetos de ferro fincados na areia da praia de Mongaguá, no litoral de São Paulo. Márcia Rivera Torres, de 53 anos, contou ao g1 que o material parecia ser de viga de construção (assista acima).
Ela e o marido passeavam com os cachorros pela praia do bairro Oceanópolis, onde moram, quando viram as pontas dos ferros parcialmente cobertas pela areia.
“A minha cachorra foi até os ferros e foi quando meu marido viu o que era. Eu falei: ‘vai machucá-la’. Ele estava com telefone e falei para filmar”, explicou Márcia, sobre a gravação feita na segunda-feira (27).
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A prefeitura vistoriou o local e vai notificar a empresa. Segundo a administração municipal, as vigas seriam usadas em uma rampa de embarque não autorizada.
Médico alerta para riscos
Ao g1, o médico clínico geral Marcelo Bechara alertou para os riscos de acidentes. “Há possibilidade de perfuração, infecção local e, em casos mais graves, até fratura ou lesões em tendões e nervos, dependendo da região atingida”.
Pedaços de ferros foram encontrados em areia de praia em Mongaguá (SP)
Arquivo Pessoal
Ele alerta que qualquer ferimento, mesmo pequeno, pode levar sujeira e bactérias para dentro do corpo. “Você vê na parte de fora um pontinho e, dentro, o estrago é bem maior”.
Uma das bactérias que pode entrar no organismo é a Clostridium tetani, causadora do tétano. A doença libera uma toxina capaz de provocar rigidez muscular e espasmos que, sem tratamento, podem levar à morte.
“Por isso, todo ferimento com objeto metálico ou enferrujado deve ser avaliado, e a vacinação contra o tétano deve estar em dia”, reforçou o médico. O imunizante deve ser renovado a cada 10 anos.
O que diz a prefeitura?
Em nota, a Prefeitura de Mongaguá informou que vistoriou o local com o auxílio da Defesa Civil e que vai notificar a empresa responsável, cujo nome não foi divulgado, para retirar os ferros da praia.
A administração municipal explicou os espetos encontrados pelo casal são vigas que seriam usadas para a construção de uma rampa para embarcações.
A própria prefeitura, porém, disse não ter aprovado a ideia por vários motivos, entre eles: a erosão e a falta de recursos, que deveriam ter vindo do Governo Federal e a mudança de local da entrada dos pescadores.
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