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Jovem está paraplégica após ser baleada nas costas por mulher ao sair da academia, diz delegado

Jovem está paraplégica após ser baleada nas costas por mulher ao sair da academia, diz delegado


Jovem é baleada nas costas por outra mulher no litoral de SP
A jovem de 27 anos que foi baleada nas costas por outra mulher em Santos, no litoral de São Paulo, está paraplégica. A informação foi confirmada ao g1 neste sábado (6) pelo delegado do 5º Distrito Policial da cidade, Wagner Camargo Gouveia, responsável pelas investigações do caso.
Segundo a médica neurologista Andréa Anacleto, que não tem relação com o caso, a paraplegia se dá quando ocorre a perda parcial ou total dos movimentos e da sensibilidade da metade inferior do corpo, ou seja, as pernas e parte do tronco (veja mais adiante).
As imagens registradas por câmeras de monitoramento mostram o momento do crime, que aconteceu no bairro Bom Retiro, na última quarta-feira (3). Segundo o boletim de ocorrência, a suspeita teria disparado cinco vezes na direção da vítima, sendo que ela foi atingida por ao menos um deles nas costas. Até o momento, ninguém foi preso.
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Por meio de nota, a Santa Casa de Santos informou que a jovem encontra-se internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O hospital destacou não ter autorização para prestar mais informações por conta da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), nº 13.709/2018.
O delegado contou à equipe de reportagem que foi avisado pela unidade de saúde sobre a vítima estar paraplégica. De acordo com Gouveia, ainda não há informações se a condição é temporária ou permanente.
Jovem foi baleada nas costas por outra mulher após sair da academia em Santos (SP)
Reprodução
Paraplegia
A pedido do g1, a neurologista Andréa Anacleto explicou que a paraplegia acontece quando há uma lesão na medula espinhal [parte da coluna responsável por transmitir os sinais do cérebro para o corpo].
“Ou seja, a pessoa paraplégica não consegue movimentar ou sentir adequadamente as pernas porque a comunicação entre o cérebro e essa região foi interrompida”, afirmou a especialista. “Isso pode comprometer a capacidade de andar, controlar a bexiga, intestino e, em alguns casos, até funções sexuais”, acrescentou ela.
Ainda de acordo com Andréa, a paraplegia pode ser temporária ou permanente, dependendo da gravidade e do tipo da lesão. Veja abaixo:
Temporária: quando a medula não foi destruída, mas apenas sofreu uma compressão, inflamação ou contusão. Por exemplo, um inchaço ou sangramento ao redor da medula que depois regride.
Nesses casos, com tratamento (cirurgia, fisioterapia, medicação), é possível recuperar parcial ou totalmente os movimentos e a sensibilidade.
Permanente: quando há uma lesão definitiva da medula espinhal (como ruptura ou destruição de fibras nervosas). Nesses casos, as funções não voltam, porque a medula não se regenera espontaneamente.
“Muitas vezes, no início, não é possível prever se a perda é reversível ou definitiva. O prognóstico só fica mais claro depois de exames detalhados e da evolução clínica nas primeiras semanas ou meses”, finalizou a neurologista.
Medula espinhal
Thinkstock
Relembre o caso
A Polícia Militar foi acionada para a ocorrência na Rua Cecília Meirelles. De acordo com o BO, ao chegar no local, os agentes souberam que a vítima havia saído da academia e estava indo para casa, quando passou por duas mulheres que estavam em um ponto de ônibus, incluindo a suspeita.
Os policiais foram informados de que, após a vítima passar pelas mulheres, uma delas passou a dizer que ela havia mandado uma mensagem nas redes sociais ameaçando outra pessoa – não identificada. Em seguida, a suspeita teria disparado na direção da vítima, ainda segundo o BO.
No vídeo, é possível ouvir a suspeita armada intimidando a vítima e dizendo: “Vai tomar uns pipocos agora”. Pouco depois, a mulher efetuou um disparo na direção das costas da jovem, que caiu na calçada. Mesmo com a vítima no chão, ao menos outros três tiros podem ser ouvidos na sequência.
Jovem foi baleada nas costas por outra mulher, no bairro Bom Retiro, em Santos (SP)
Reprodução
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) encaminhou a jovem ao pronto-socorro da Santa Casa de Santos, onde permanece internada. A perícia foi acionada ao local do crime e o celular da vítima foi apreendido pela polícia.
O caso foi registrado como tentativa de homicídio na Central de Polícia Judiciária (CPJ). O delegado disse que a equipe iniciou as diligências, indo ao local do crime e tendo acesso às imagens. “Questão de tempo para tentar esclarecer esse crime”, explicou ele.
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